quarta-feira, setembro 26, 2012

RÚSSIA: ROMANOV e STALIN


Arquivos Confidenciais: Os Romanov - 1/2




Arquivos Confidenciais: Os Romanov - 2/2




Stalin — Legendado 1º parte





Stalin — Legendado 2º parte





Stalin — Legendado 3º parte





terça-feira, setembro 25, 2012

CHANTAGENS RACISTAS


LITERATURA SOB CENSURA

A Cultura Brasileira não pode se tornar refém das emboscadas racistas e chantagens preconceituosas dessas patrulhas de abutres da literatura e muito menos podemos consentir a censura de autores e de obra literárias que vem sendo implantada no Brasil pelos famigerados caçadores da Liberdade de Expressão e de Criação. (Ruy Câmara) 

FATOS:

Outro livro de Monteiro Lobato corre risco de ser censurado. Depois de pedir o banimento de 'Caçadas de Pedrinho' das escolas públicas, o Instituto de Advocacia Racial (IARA) mira sua artilharia no clássico 'Negrinha' do autor. 


Leiam o artigo de Nathalia Goulart e Lectícia Maggi

Instituto de Advocacia Racial mira sua pontaria racista e preconceituosa em "Negrinha", 
livro de contos de 1920. 

Depois de Caçadas de Pedrinho, outra obra de Monteiro Lobato tornou-se alvo de perseguição do Instituto de Advocacia Racial (Iara). O alvo da vez é Negrinha, livro lançado em 1920 e que reúne 22 contos do autor. O instituto protocolou, nesta terça-feira, uma ação administrativa na Controladoria Geral da União (CGU) questionando a distribuição da obra em escolas públicas. Assim como em Caçadas de Pedrinho, a alegação é que o livro possui elementos racistas.

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Negrinha foi adotado pelo Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE), do governo federal - o que incomoda o Iara. "Não se pode financiar com dinheiro público um livro didático que contenha estereótipos e preconceito", alega Humberto Adami, advogado e diretor do Iara. Narrado em 3ª pessoa, o conto Negrinha, que integra o livro homônimo, é um dos mais elogiados do autor e consta, inclusive, na lista de Os cem melhores contos brasileiros do século, da editora Objetiva. Para o Iara, no entanto, passagens como "Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos assustados", conteriam elementos racistas. 

Segundo o técnico em gestão educacional Antonio Gomes da Costa Neto, um dos representantes do instituto, o objetivo da ação é que a CGU solicite à Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC) os pareceres técnicos que levaram à escolha da obra para integrar o acervo do PNBE. Como exige para Caçadas de Pedrinho, o instituto quer queNegrinha tenha uma nota explicativa reconhecendo que possui termos preconceituosos. "O conto é fortemente carregado de conteúdos raciais, mas temos a opção de agregar valor à obra reconhecendo que há estereótipos e passando a descontruí-los", argumenta Neto. Além das notas técnicas nos livros, o Iara pede ao MEC que implemente uma política rigorosa de capacitação de professores para lidar com questões raciais dentro da sala de aula. Caso contrário, suspenda liminarmente a distribuição ou, em outras palavras, censure os livros. 

Novo capítulo - Nesta terça-feira, uma nova audiência no MEC discute a distribuição deCaçadas de Pedrinho. No dia 11 de setembro, uma reunião convocada pelo ministro do Supermo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux não conseguiu resolver o impasse - que já se arrasta há dois anos. Em 2010, depois de denúncia da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, o Conselho Nacional de Educação (CNE) determinou que a obra infanto-juvenil fosse banida das escolas. A repercussão do infeliz episódio fez com que o MEC pedisse ao CNE para reconsiderar a questão. O veto, então, foi anulado. O mandado de segurança pretende agora derrubar a anulação do parecer.

Embora juridicamente o assunto não tenha se resolvido, representantes do Iara sinalizam que podem desistir do pedido de nulidade se o MEC apresentar nesta terça-feira o que o instituto chama de "propostas concretas de ação", ou seja, a veiculação da nota técnica e a elaboração de um plano para preparar docentes para lidar com a questão. Caso o encontro desta tarde termine sem acordo, o Iara pretende levar à questão ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Se, mesmo assim, as reivindicações não forem atendidas, o assunto pode parar nas cortes internacionais, ameaça Adami. "Não hesitarei em levar o tema à Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH)", diz. A reunião desta terça-feira está prevista para às 14h e deve contar com a presença do secretário de Educação Básica do MEC, Cesar Callegari e da secretária Secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural, Márcia Rollemberg, além de Humberto Adami e Antônio Gomes Neto.

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segunda-feira, setembro 24, 2012

QUANDO SER-SE DE ESQUERDA DAVA CADEIA, NINGUÉM ERA.

 “QUANDO SER-SE DE ESQUERDA DAVA CADEIA, NINGUÉM ERA. AGORA QUE DÁ PRÊMIO, TODO MUNDO É. (POETA FERREIRA GULLAR)




O poeta Ferreira Gullar tem 82 anos e é considerado pela crítica o maior poeta vivo da língua portuguesa e um dos grandes nomes da literatura brasileira contemporânea, ao lado dos bardos, Ivan Junqueira e Gerardo Mello Mourão, meus referentes. 


Na juventude foi militante do Partido Comunista Brasileiro, iludiu-se com o leninismo, stalinismo, trotskismo e na maturidade passou a ver o mundo com outras lentes, outras cores e rendeu-se à realidade da vida. 

No meu arquivo de trocas epistolares com o amigo Ferreira Gullar, guardei uma lúcida e sincera entrevista, concedida ao jornalista, Pedro Dias Leite, nas Páginas Amarelas de VEJA. 

Leia os trechos.

Veja: O senhor já disse que “se bacharelou em subversão” em Moscou e escreveu um poema em que a moça era “quase tão bonita quanto a revolução cubana”. Como se deu sua desilusão com a utopia comunista?

Gullar: Não houve nenhum fato determinado. Nenhuma decepção específica. Foi uma questão de reflexão, de experiência de vida, de as coisas irem acontecendo, não só comigo, mas no contexto internacional. É fato que as coisas mudaram. O socialismo fracassou. Quando o Muro de Berlim caiu, minha visão já era bastante crítica. A derrocada do socialismo não se deu ao cabo de alguma grande guerra. O fracasso do sistema foi interno. Voltei a Moscou há alguns anos. O túmulo do Lênin está ali na Praça Vermelha, mas, pelo resto da cidade, só se veem anúncios da Coca-Cola. Não tenho dúvida nenhuma de que o socialismo acabou, só alguns malucos insistem no contrário. Se o socialismo entrou em colapso quando ainda tinha a União Soviética como segunda força econômica e militar do mundo, não vai ser agora que esse sistema vai vencer.

Veja: Por que o capitalismo venceu?

Gullar: O capitalismo do século XIX era realmente uma coisa abominável, com um nível de exploração inaceitável. As pessoas com espírito de solidariedade e com sentimento de justiça se revoltaram contra aquilo. O Manifesto Comunista, de Marx, em 1848, e o movimento que se seguiu tiveram um papel importante para mudar a sociedade. A luta dos trabalhadores, o movimento sindical, a tomada de consciência dos direitos, tudo isso fez melhorar a relação capital-trabalho. O que está errado é achar, como Marx diz, que quem produz a riqueza é o trabalhador, e o capitalista só o explora. É bobagem. Sem a empresa, não existe riqueza. Um depende do outro. O empresário é um intelectual que, em vez de escrever poesias, monta empresas. É um criador, um indivíduo que faz coisas novas. A visão de que só um lado produz riqueza e o outro só explora é radical, sectária, primária. A partir dessa miopia, tudo o mais deu errado para o campo socialista. (…) O capitalismo não é uma teoria. Ele nasceu da necessidade real da sociedade e dos instintos do ser humano. Por isso ele é invencível. A força que torna o capitalismo invencível vem dessa origem natural indiscutível. Agora mesmo, enquanto falamos, há milhões de pessoas inventando maneiras novas de ganhar dinheiro. É óbvio que um governo central com seis burocratas dirigindo um país não vai ter a capacidade de ditar rumos a esses milhões de pessoas. Não tem cabimento.

Veja: O senhor se considera um direitista?

Gullar: Eu, de direita? Era só o que faltava. A questão é muito clara. Quando ser de esquerda dava cadeia, ninguém era. Agora que dá prêmio, todo mundo é. Pensar isso a meu respeito não é honesto. Porque o que estou dizendo é que o socialismo faliu, acabou, estabeleceu ditaduras, não criou democracia em lugar algum e matou gentes em quantidades abundantes. É uma farsa ou hipocrisia um sujeito se dizer socialista ou comunista tendo uma conta bancária ou algum outro bem. Isso tudo é verdade. Não estou inventando.

Veja: E Cuba?

Gullar: Não posso defender um regime sob o qual eu não gostaria de viver. Não posso admirar um país do qual eu não possa sair na hora que quiser. Não dá para defender um regime em que não se possa publicar um livro sem pedir permissão ao governo. Apesar disso, há uma porção de intelectuais brasileiros que defendem Cuba, mas, obviamente, não querem viver lá de jeito nenhum. É difícil para as pessoas reconhecer que estavam erradas, que passaram a vida toda pregando uma coisa que nunca deu certo.

(…)

Veja: Como se justifica sua defesa da internação no tratamento da esquizofrenia?

Gullar: As pessoas usam a palavra manicômio para desmoralizar os hospitais psiquiátricos. Internei meu filho em hospitais que têm piscina, salão de jogos, biblioteca. Mesmo os públicos não têm mais a camisa de força ou sala com grades. Tive dois filhos esquizofrênicos. Um morreu, o outro está vivo, mas não tem mais o problema no mesmo grau. Controlou com remédio, e a idade também ajuda. A esquizofrenia surge na adolescência e se junta à impetuosidade. Com o tempo, a pessoa vai amadurecendo. Doença é doença, não é a gente. Se estou gripado, a gripe não sou eu. A esquizofrenia é uma doença, mas eu não sou a esquizofrenia. Posso evoluir, me tornar uma pessoa mais madura, debaixo de toda aquela confusão. O esquizofrênico com 50 anos não é o mesmo de quando tinha 17.

Onde estavam personagens do mensalão há 40 anos?


GERAÇÃO MEIA-OITO - 1968

Onde estavam personagens do mensalão há 40 anos?

1968, o que fizemos de nós é o nome de um belo livro, do jornalista Zuenir Ventura, lançado em 2008, como sequência de um outro livro ainda mais lindo, 1968, o ano que não terminou, de 1989Os dois livros falam de um personagem incomum, o ano de 1968: “É possível que no século XX, tenha havido ano igual ou mais importante do que 1968, mas nenhum tão lembrado, discutido e com tanta disposição para permanecer como referência, por afinidade ou por contraste”, explica o autor na contracapa do último volume. E diz mais: “A geração de 68, que dizia não confiar em ninguém com mais de 30 anos, está completando 40. Ainda dá para confiar nela? Que balanço se pode fazer hoje de um ano tão carregado de ambições e de sonhos? O que foi feito dessa herança?”
As questões que o livro de Zuenir procura responder podem ser encontradas também, em larga escala, no plenário do Supremo Tribunal Federal, todas as segundas, quartas e quintas-feiras, enquanto se julga a Ação Penal 470, o processo do mensalão. O livro de Zuenir Ventura pode até não explicar porque o partido que era apontado como mais ético e mais autêntico da história da República se tornou patrono do maior escândalo de corrupção do país. Mas ele mostra que boa parte dos principais personagens desse drama político estavam todos lá em 1968, caminhando e cantando, e seguindo a canção.  
Quem abrir o livro à página 48, vai encontrar o capítulo Há um meia-oito em cada canto. Vai saber que, nos idos de meia-oito, José Dirceu, acusado de ser o “chefe da quadrilha” do mensalão, era um dos mais influentes líderes do movimento estudantil. E que o ministro Celso de Mello, o decano do tribunal que está julgando Dirceu juntamente com toda a “quadrilha”, era praticamente colega do político. “Em 1968, José Dirceu e Celso de Mello moravam numa república de estudantes em São Paulo, visitada frequentemente por agentes do Dops”, conta o livro. 
Os dois trilharam caminhos diferentes. “Dirceu foi para a militância e Mello para os estudos”. Mas, em suas respectivas trincheiras, defenderam os mesmos ideais de liberdade. Celso de Mello relembra o momento difícil que enfrentou como orador da turma de promotores aprovados no concurso do Ministério Público. “Eu precisava protestar contra o regime ditatorial, e fiz um discurso que não agradou muito ao chamado establishment; não fui aplaudido.” 
Outros meia-oito ilustres que passaram pelo Supremo Tribunal Federal já estão aposentados. Sepúlveda Pertence, que deixou o Supremo em 2007, foi vice-presidente da UNE (1959-1960) e professor da UnB (1962-1965), cargos dos quais se viu afastado à força pelo regime dos generais. Hoje é integrante da Comissão de Ética Pública, ligado à presidência, criada justamente para evitar que novos mensalões aconteçam. 
O outro é Eros Grau, que se aposentou em 2010. Em uma de suas últimas intervenções no Supremo, foi o relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade que julgou constitucional a Lei de Anistia. Adepto do Partido Comunista (“nunca tive carteira, porque o partido não dava carteira, mas eu tinha um comprometimento com as teses do partido, digamos assim”), foi preso e torturado por sua atuação na resistência à ditadura. 
“A geração de 68 não chegou a eleger nenhum presidente, ainda que os dois últimos — Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva — considerem ter levado para o poder idéias e representates das turmas com a qual reivindicam ter afinidades eletivas”, diz Zuenir, na abertura do capítulo dos meia-oito. Claro, o livro foi lançado em 2008, época em que Dilma Rousseff, ex-militante da VAR-Palmares, ainda não havia sido eleita presidente da República. “Em face de sua resistência à tortura na prisão, o promotor que a denunciou chamou-a de Joana D’Arc da subversão”, rememora Zuenir. 
Além de Dilma e Zé Dirceu, são citados, ainda, como representantes da geração meia-oito que chegaram ao poder na era Lula, o governador da Bahia, Jaques Wagner (então presidente do diretório acadêmico da PUC-Rio e militante do PCdoB), o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (militante do movimento estudantil e da VAR-Palmares), o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antônio Palocci (militante da organização trotskista Libelu, juntamente com o ex-secretário da presidência Luiz Dulci e o ex-secretário de Comunicação, Luiz Gushiken). Franklin Martins, que sucedeu Gushiken na Secretária de Comunicação foi do MR-8 e seu secretário executivo Ottoni Fernandes Junior, da ALN. O ministro da Cultura de Lula, Gilberto Gil não era filiado a nenhum grupo militante, mas só de cantar, foi preso e proibido de se apresentar, optando por se exilar na Inglaterra. 
Tarso Genro, ministro da Educação e da Justiça no governo Lula, foi ativista da UNE e do PCdoB e da dissidência desta, a Ala Vermelha, que pregava a luta armada. Foram seus companheiros na militância esquerdista, Milton Seligman, hoje diretor de Relações Corporativas da Ambev, e Paulo Buss, presidente da Fundação Osvaldo Cruz. Os três compartilharam também as salas de aula da Universidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. “Era uma cidade pequena, e todo mundo se conhecia. Diante da convocação de uma manifestação, o Dops prendia os de sempre”. Que eram os três, relembra Seligman em entrevista para o livro de Zuenir. 
Também são meia-oito os verdes Fernando Gabeira, ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro, e Carlos Minc, outro ministro do governo Lula. Mas não só no PT e no PV que se firmou o destino de quem viveu as convulsões de 1968. Antes, muito pelo contrário, como sustenta Zuenir Ventura ao resgatar o nome de dois ilustres meia-oito que tomaram outra direção. Um é o ex-senador tucano pelo Amazonas e atual líder na corrida para a prefeitura de Manaus, Arthur Virgílio Neto. Naqueles tempos, Arthur Virgilio era militante do clandestino PCB e diretor do Centro Acadêmico da Faculdade Nacional de Direito (atual UFRJ). Outro é o ex-prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia, que pertenceu à Corrente, uma dissidência do PCB que pregava a luta armada. Foi preso no Congresso da UNE, em 68 e foi para o exílio na Argentina e no Chile, onde ficou amigo de outro militante de esquerda no exílio, José Serra. 
Como diz Zuenir Ventura, “eles estão no poder, na oposição, à esquerda, à direita, e até prestando contas à Justiça. Há um meia-oito em cada esquina". 

Maurício Cardoso é diretor de redação da revista Consultor Jurídico

domingo, setembro 23, 2012

ANTIJUSTIÇA, IRMÃ BASTARDA DA JUSTIÇA JUSTA




Quando Roberto Jefferson decidiu estourar a bomba relógio do mensalão, Delúbio Soares, disse ao Estadão que o julgamento não iria à frente. "Nós seremos vitoriosos, não só na Justiça, mas no processo político. É só ter calma. Em três ou quatro anos, tudo será esclarecido e esquecido, e acabará virando piada de salão." 

O julgamento foi protelado e embromado por quase sete anos, mas, graças às pressões do Ministério Público e de grande parte da sociedade o STF não teve força para continuar adiando o julgamento da quadrilha do PT. 

De lá para cá o mensalão tornou-se sinônimo de organização criminosa e de sistema de corrupção operado por quadrilhas políticas e empresariais que contaram com o patrocínio estatal em benefício de grupos que fazem parte ou sustentam o poder. 

No momento em que o STF apronta o caminho do cárcere para José Dirceu com seu bando, o PT dá início a uma campanha suja e covarde contra o relator do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, para tentar livrar Lula das acusações de CHEFÃO DO BANDO. 

A estratégia dessa camarilha é a mesma de sempre: que sempre houve desvios de dinheiro, roubo e corrupção. Evidentemente que nenhum erro pode justiçar outro, de modo que não é justo, nem correto, invocar a corrupção praticada por governos passados (PSDB) para justiçar os assaltos praticados pela organização criminosa do PT. Claro que toda e qualquer prática criminoso deve ser repudiada, denunciada e punida nos rigores da lei, sem nenhuma exceção à regra ou concessão de privilégios. 

Contudo, esse julgamento é, sem dúvida, o início de um longo e doloroso processo de purgação da Nação brasileira e também será o ponto de partida da restauração de pelo menos uma parte dos valores que se extraviaram ao longo dos anos, diga-se firmemente, com a cumplicidade dos poderes e a conivência ou consentimento do povo. 

Entendo o Julgamento do Mensalão como um passo decisivo no  enfrentamento da impunidade consentida e legalizada por norma jurídica imperfeita. Era preciso um começo e agora é preciso que a sociedade veja claramente, com exemplos cabais, que a impunidade no Brasil não é a regra clamada pelo PT, e nem mesmo exceção à regra que envolve gente graúda, de modo que, defendo com fervor, que o intocável chefão na hierarquia do bando, o acovardado Lula da Silva, seja igualmente responsabilizado pelos crimes de corrupção e formação de quadrilha, afinal, ele atuou no enredo como CHEFE, de fato e de direito, de José Dirceu e dos demais marginais do PT que figuram no processo em curso. Defendo ainda que o Ministério Público apure e enquadre todos os donos das ratoeiras políticas, essas legendas de aluguel que continuam impunemente enchendo os bolsos no promiscuído mercado eleitoral do Brasil. 

Nenhum político pode negar uma verdade: o sistema político brasileiro foi modificado centenas de vezes para permitir tudo isso e algo ainda pior: a reeleição, esse famigerado recurso de corrupção estatal que o PSDB reintroduziu no Brasil comprando os votos de quase todos os partidos da base aliada, inclusive do PT. 

Eu tenho esperanças de que as decisões do ministro Joaquim Barbosa servirão de exemplos para os magistrados de todas as cortes do Brasil. Se seus exemplos de justiça justa forem seguidos, o Brasil estará, enfim, no caminho certo para suplantar a antijustiça, essa irmã bastarda da justiça e alma gêmea da impunidade tão abertamente praticada e quase sempre amparada por fundamentação legalista. 

Ruy Câmara 
Escritor


sexta-feira, setembro 21, 2012

Joaquim Barbosa Reposiciona a Nação Brasileira


O ministro Joaquim Barbosa reposiciona a Nação Brasileira no rumo da seriedade e no enfrentamento da impunidade. Joaquim Barbosa não precisou de cotas raciais para se tornar advogado, professor e jurista de renomada. 



Joaquim Benedito Barbosa é filho primogênito de uma família de oito irmãos. Seu pai era pedreiro e sua mãe doméstica. Aos 16 ele saiu de Paracatu, nas Minas Gerais e sozinho foi aventurar a vida em Brasília, iniciando como faxineiro e limpador de banheiros no TRE do Distrito Federal. Em seguida arranjou emprego na gráfica do Correio Braziliense e trabalhou como compositor gráfico do Centro Gráfico do Senado Federal. 


Ao contrário de Lula, que aplainou a vida de burguês stalinista parasitando nos sindicatos do ABC, Joaquim Barbosa estudou, formou-se em Direito na Universidade de Brasília, aprendeu línguas, concluiu o mestrado em Direito do Estado e, por mérito próprio, tornou-se Chefe da Consultoria Jurídica do Ministério da Saúde; Oficial de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores (1976-1979), tendo servido na Embaixada do Brasil em Helsinki, Finlândia. 


É fluente em inglês, francês, alemão e espanhol, é Mestre e Doutor em Direito Público pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas); foi Visiting Scholar (1999-2000) no Human Rights Institute da Columbia University School of Law, New York, e na University of California Los Angeles School of Law (2002-2003); e também por méritos, foi ungido ministro da mais alta corte de justiça do Brasil, o Supremo Tribunal Federal. 
Intelectual de luzes possantes, é autor das obras “La Cour Suprême dans le Système Politique Brésilien”, publicada na França em 1994 pela Librairie Générale de Droit et de Jurisprudence (LGDJ), na coleção “Bibliothèque Constitutionnelle et de Science Politique”; “Ação Afirmativa & Princípio Constitucional da Igualdade e "O Direito como Instrumento de Transformação Social". 

Somente os canalhas e lacaios defensores da quadrilha de marginais de estimação do PT ousariam empreender uma campanha imunda e indigna de apreço para tentar denegrir a honra de um magistrado da justiça que cumpre com altivez e dignidade as suas funções constitucionais, e o faz de forma exemplar. 

Eu, Ruy Câmara, assim como a imensa maioria do povo brasileiro, aplaudimos de pé o ilustre ministro Joaquim Barbosa, pelo seu trabalho corajoso em defesa da moralidade e decência no Brasil. O Brasil tem jeito; tem jeito graças a homens do calibre moral e intelectual como o destemido RELATOR DO MENSALÃO. 

Joaquim Benedito Barbosa, um homem cuja alma é de uma alvura que nem mesmo a pele negra consegue obumbrar, encarna em si a decência, a honradez e a imparcialidade personificada no espírito republicano de um juiz digno, honesto e de cujos princípios e ações exemplificam o Brasil a cada vez que faz justiça-justa.

Quando o vejo pronunciando-se de pé, com o semblante tenso de quem certamente está suportando, às duras penas, as mais terríveis dores de coluna, lembro-me (não sei o porquê) mas lembro-me sempre da imagem do poeta de Santana do Desterro, o genial Cruz e Souza, já cansado de viver entre os medíocres, recitando pausadamente a sua indignação, tal como se estivesse lançando luzes sobre o breu de uma noite taciturna e perigosa. Vejo-o tal como imagino o grande Dante, num cenário onde grasnam as aves de rapina e onde os espíritos vis vão se obumbrando com suas torpezas; e é nesse cenário onde o juiz se acentua no “Lasciate ogni speranza”; e quando presume-se sozinho, nadando contra a correnteza de águas poluídas, eis que ao seu lado vão surgindo os Homeros e Virgílios, que se levantam com os clamores do povo brasileiro, graças aos braços hercúleos da posteridade e ao fôlego intérmino e secular da história de uma Nação que também começa e se reerguer moralmente em meio à lama putrefata do poderes ignóbeis que clamam por antijustiça a qualquer custo moral.  

Ruy Câmara

quarta-feira, setembro 19, 2012

JULGAMENTO DOS MEMBROS DA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA - PT


COMEÇOU NO DIA 17 DE SETEMBRO UMA NOVA ETAPA DO JULGAMENTO MAIS ESPERADO DA HISTÓRIA DO BRASIL. O JULGAMENTO DA QUADRILHA DE MARGINAIS DO PT, ESSE PARTIDO QUE DURANTE O REINADO DE LULA SE TRANSFORMOU NUMA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA.

A MÁFIA DO MANSALÃO CONSEGUIU PROTELAR O JULGAMENTO POR QUASE 6 ANOS. LULA E SEU BANDO DE MENSALEIROS APOSTARAM TODAS AS FICHAS NA IMPUNIDADE E NO PRESTÍGIO DE UM PRESIDENTE POPULISTA, MENTIROSO E COVARDE, UM PRESIDENTE QUE SE JULGAVA INTOCÁVEL, ACIMA DO BEM E DO MAL.

MAS AS REDES SOCIAIS COMEÇARAM A PRESSIONAR E MILHARES DE CIDADÃOS BRASILEIROS FIZERAM PIQUETES ÀS PORTAS DO STF, EXIGINDO DAQUELA CORTE, RESPEITO AO POVO E CELERIDADE NO JULGAMENTO DA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA QUE PRATICOU DIVERSOS CRIMES.

NA SEMANA PASSADA O STF CONCLUIU O JULGAMENTO DO BRAÇO FINANCEIRO DA QUADRILHA E CONDENOU 10 DOS 13 MARGINAIS. COM AS CONDENAÇÕES, O CÓDIGO DE SILÊNCIO QUE SUSTENTOU O MAIOR ESCÂNDALO DE CORRUPÇÃO DA HISTÓRIA POLÍTICA DO PAÍS FOI ROMPIDO.

NESTA ETAPA, 23 CRIMINOSOS, DENTRE ELES JOSÉ DIRCEU, DELÚBIO E JOSÉ GENOINO, ESTARÃO NO BANCO DOS RÉUS, ACUSADOS POR CRIMES DE FORMAÇÃO DE QUADRILHA, CORRUPÇÃO ATIVA, CORRUPÇÃO PASSIVA E LAVAGEM DE DINHEIRO. DUDA MENDONÇA, RÉU CONFESSO, DEVERÁ SER CONDENADO, JUNTAMENTE COM SUA SÓCIA ZILMAR FERNANDES, PELO CRIME DE EVASÃO DE DIVISAS E LAVAGEM DE DINHEIRO.

MARCOS VALÉRIO QUEBROU O ESCUDO QUE DAVA PROTEÇÃO E ENTREGOU O CHEFÃO NA HIERARQUIA DO BANDO, LULA. NENHUM BANDO FUNCIONA SEM UM CHEFE. CLARO ESTÁ QUE LULA É O CHEFÃO - DE FATO E DE DIREITO - NA HIERARQUIA DO BANDO. ADEMAIS, LULU FOI O MEMBRO DA ORGANIÇÃO MAFIOSA QUE MAIS SE BENEFICIOU COM O PRODUTO DOS CRIMES PERPETRADOS PELA QUADRILHA. AS PROVAS DESSES CRIMES ESTÃO NOS AUTOS EM JULGAMENTO, E QUANTO A ISSO NÃO HÁ MAIS A MÍNIMA DÚVIDA.

SE FALTAVA UM CHEFE, AGORA NÃO FALTA MAIS E NÓS, BRASILEIROS, ESPERAMOS QUE O MINISTÉRIO PÚBLICO COLOQUE O LULA NO BANCO DOS RÉUS E QUE A ELE SEJA DADO O AMPLO DIREITO DE SE DEFENDER DOS CRIMES DE OMISSÃO, RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA, RECEPTAÇÃO DE PROVEITOS, FORMAÇÃO DE QUADRILHA E LEZA PÁTRIA.



Nunca o mundo produziu um político mais falso, mais mentiroso e mais cínico do que Stalin” (Plínio Salgado). 

O líder dos integralistas, Plínio Salgado, quando cunhou a frase acima, jamais imaginou que um dia viria aparecer no Brasil um sujeito de nome Lula.
  

sábado, setembro 15, 2012

A JUSTIÇA VAI PREVALECENDO SOBRE A ANTIJUSTIÇA

Joaquim Barbosa, bastião da moralidade nacional.  

Durante 7 semanas de julgamento do mensalão a maioria dos ministros do STF condenou 10 (dez) dos 13 (treze) réus julgados até agora. Cada um dos ministros aplicou 38 sentenças aos réus do MENSALÃO, resultando em 239 votos no total. O PLACAR das sentenças aplicadas por cada ministro é seguinte:


O ilibado ministro, Joaquim Barbosa, aplicou 36 condenações e apenas 2 absolvições.

O surpreendente ministro, Luiz Fux, aplicou 35 condenações e apenas 3 absolvições

Celso Peluso – 35 condenações e 3 absolvições

Carmen Lúcia - 34 condenações e 4 absolvições

Ayres Britto - 34 condenações e 4 absolvições

Gilmar Mendes - 33 condenações e 5 absolvições

Celso de Mello - 33 condenações e 5 absolvições

Marco Aurélio - 31 condenações e 7 absolvições

O suspeitíssimo ministro, Dias Toffoli e o retardatário do processo, ministro Ricardo Lewandowski, são os campeões em absolvições e votos pela impunidade de alguns membros do bando de marginais.





Dias Toffoli é responsável por 15 absolvições e 23 condenações.

Ricardo Lewandowski é responsável por 17 absolvições e 21 condenações.

Toffoli e Lewandowski votaram juntos, segundo as suas consciências, pela absolvição de João Paulo Cunha (PT) e também absolveram Marcos Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz das acusações de "lavagem de dinheiro, peculato e corrupção ativa". 


Precisamos dizer mais alguma coisa?


Ruy Câmara

Escritor